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Da rastreabilidade por lote à individual: as mudanças que virão com a nova lei

Da rastreabilidade por lote à individual: as mudanças que virão com a nova lei


Pecuaristas, uma nova era na pecuária brasileira está a caminho. A rastreabilidade individual de 100% do rebanho será obrigatória até 2032, dando ao setor um prazo de 7 anos para se adequar. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista completa.

Essa mudança, que vai além da rastreabilidade por lote, trará grandes impactos para a gestão e rentabilidade das fazendas, consolidando a pecuária como uma atividade moderna e transparente.

O programa Giro do Boi entrevistou os executivos Fábio Dias, diretor de pecuária da Friboi, e Sérgio Marçon, coordenador de sustentabilidade da JBS, para discutir os benefícios e desafios dessa nova era.

A conversa destacou como a rastreabilidade individual pode ser uma ferramenta de inclusão e valorização para o produtor rural, abrindo portas e gerando novas oportunidades de negócio.

Rastreabilidade: de lote para individual

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Foto: Divulgação

A rastreabilidade por lote, feita pela Guia de Trânsito Animal (GTA), tem suas limitações. Em confinamentos, por exemplo, animais de dezenas de produtores diferentes podem ser misturados, dificultando o rastreio individual.

A rastreabilidade individual adiciona uma camada extra de segurança e informações, permitindo:

  • Qualificar o estoque: O pecuarista pode garantir a rastreabilidade de cada animal desde o nascimento, com informações precisas sobre sua origem, manejo e histórico sanitário.
  • Construir cadeias sustentáveis: A rastreabilidade individual permite provar que o gado é oriundo de fazendas sem desmatamento, atendendo a clientes que exigem esse tipo de comprovação, como é o caso do Regulamento da União Europeia (EUDR).
  • Levar incentivos: O frigorífico pode enxergar toda a cadeia de produção e levar incentivos para os produtores que se destacam no manejo, na conservação e em outras práticas sustentáveis, valorizando o trabalho no campo.

O processo é inclusivo e dá visibilidade a pequenos produtores que hoje não são reconhecidos pelo seu trabalho e comprometimento com a sustentabilidade.

Ferramentas e apoio para a regularização

Bovinos se alimentando com DDG no cocho. Foto: DivulgaçãoBovinos se alimentando com DDG no cocho. Foto: Divulgação
Bovinos se alimentando com DDG no cocho. Foto: Divulgação

As exigências do mercado estão crescendo, e quem não se adequar ficará de fora. A JBS, por meio de seus Escritórios Verdes, busca auxiliar o produtor nessa jornada.

O mais novo, o 20º no Brasil, foi inaugurado no estado de Minas Gerais, um estado gigantesco para a pecuária. O escritório atende a produtores de várias regiões, ajudando a resolver questões ambientais relacionadas ao CAR (Cadastro Ambiental Rural) e a embargos do Ibama.

O recado de Fábio Dias é claro: o produtor não deve ter medo. A maioria dos problemas é de ordem documental e de fácil solução, com o apoio de técnicos especializados.

Ferramentas como o Cowbot, um robô de WhatsApp, permitem que o produtor faça consultas e verifique a regularidade de sua fazenda e de seus fornecedores de forma simples e rápida.

O exemplo do Pará e o futuro do Brasil

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Foto: Adepará/divulgação

O estado do Pará se destaca como protagonista na implementação da rastreabilidade individual. O estado decidiu acelerar o processo e, com isso, está mapeando os desafios que os outros estados terão no futuro.

As regras fundamentais são a dupla identificação (brinco visual e com leitura de rádio) e uma numeração nacional única (o número 076), que representará o Brasil.

A rastreabilidade individual não é uma ameaça, mas um cenário de oportunidades. A adoção de ferramentas como o Cowbot e o apoio de iniciativas como o Escritório Verde da JBS são cruciais para que a pecuária brasileira se prepare para a nova era de exigências do mercado global, garantindo a sua sustentabilidade e rentabilidade a longo prazo.



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