O criador mineiro Alexandre Lopes Lacerda foi eleito presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando para o triênio 2026/2028. A eleição ocorreu na última sexta-feira (17), na sede da entidade, em Uberaba (MG), com chapa única e participação de associados de diferentes estados. A nova diretoria assume em janeiro do ano que vem.
Continuidade e fortalecimento da raça
Lacerda sucede Domício Arruda, que permanece no comando até dezembro. O atual presidente destacou o avanço da raça Girolando nos últimos anos, consolidada como principal base do leite brasileiro. “Hoje, o Girolando responde por cerca de 80% da produção nacional e vem ampliando presença na América Latina. O novo time dará sequência ao trabalho de expansão e valorização da raça”, afirmou Arruda.
O novo presidente atua há duas décadas na pecuária leiteira, com foco em genética e produção de leite na Fazenda Miraí, na Serra do Cipó (MG). Segundo ele, a prioridade da gestão será tornar a associação mais próxima dos criadores e ampliar o acesso de pequenos produtores às tecnologias de melhoramento genético.
“Queremos fortalecer o Programa de Fomento da Raça Girolando, para que mais produtores possam aumentar a rentabilidade do rebanho”, destacou Lacerda.
Novas metas e foco nos associados
Entre as metas da nova diretoria estão ampliar o número de associados, apoiar eventos regionais e estimular a participação dos criadores na Megaleite — uma das principais feiras do setor leiteiro. Lacerda também pretende reforçar o Programa de Melhoramento Genético da raça, que contribui para o aumento da produtividade e da qualidade do leite.
Além de produtor rural, Lacerda é contador, advogado tributarista e diretor de um escritório jurídico em Belo Horizonte. A diretoria eleita conta ainda com José Renato Chiari como vice-presidente e outros nove diretores responsáveis por áreas administrativas, financeiras, técnicas e institucionais.
A Associação
Criada em 1978, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando reúne produtores de todo o país e administra o Serviço de Registro Genealógico e de Melhoramento Genético da raça. Com mais de 2,3 milhões de registros, é a maior base de dados entre as associações de raças leiteiras no Brasil. A entidade também foi pioneira na adoção da genômica em programas de melhoramento genético bovino nacional.