O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) acumulou alta de 3,54% nos 12 meses encerrados em julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (15). O resultado do índice, conhecido como uma prévia do PIB, representa uma desaceleração em relação ao período anterior, quando o indicador avançou 3,96% (revisado de 3,94%).
O desempenho do setor agropecuário se manteve robusto, com crescimento de 13,08% no mesmo intervalo, levemente abaixo dos 13,35% registrados até junho. Excluindo o agro, o índice avançou 2,91%, frente a 3,34% no período anterior.
Agro lidera expansão, mas indústria e serviços desaceleram
Entre os segmentos, a indústria acumulou aumento de 2,53% em 12 meses, abaixo dos 2,98% registrados anteriormente. Os serviços avançaram 2,97%, enquanto a arrecadação de impostos subiu 3,38%, também em ritmo menor que nos meses anteriores. No acumulado de janeiro a julho, o IBC-Br total cresceu 2,91%, com a agropecuária liderando a expansão (14,80%), seguida por serviços (2,15%) e indústria (2,07%).
No trimestre móvel encerrado em julho e com ajuste sazonal, o IBC-Br total registrou queda de 1,0% em relação aos três meses anteriores. O indicador do agro recuou 6,85%, enquanto a indústria cedeu 0,91%. Os serviços tiveram leve alta de 0,19%, e a arrecadação de impostos caiu 1,03%. Já na comparação interanual do trimestre móvel, o crescimento foi de 1,97%, com destaque novamente para o setor agropecuário, que avançou 5,71%.
Julho mostra queda mensal e desaceleração interanual
No mês de julho, o IBC-Br recuou 0,53% ante junho, abaixo das expectativas do mercado, que projetavam baixa de 0,30%. O desempenho interanual também registrou desaceleração, com crescimento de 1,15%, puxado principalmente pelo agro, que subiu 3,48%. Serviços, indústria e impostos mostraram expansão mais moderada, refletindo o ritmo mais contido da economia fora do campo.