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Arroba do boi recuou quase 5% na semana e tombo deve ser maior no curto prazo

Arroba do boi recuou quase 5% na semana e tombo deve ser maior no curto prazo


O mercado físico do boi gordo apresentou queda de preços no decorrer da semana e o ambiente de negócios ainda sugere a continuidade deste movimento no curto prazo.

O analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, ressalta que a baixa nas cotações — que chegou a quase 5% em Mato Grosso — considera os efeitos do adicional tarifário de 50% que pretende ser imposto pelos Estados Unidos para todos os produtores brasileiros a partir de 1º de agosto.

“Isso faz com que o Brasil deixe de ser competitivo para os Estados Unidos e a indústria frigorífica busca caminhos para suprir a ausência do segundo grande importador de carne bovina do país em 2025“, comenta.

Segundo ele, outro ponto de pressão é a entrada de animais confinados no mercado, que oferecem uma menor capacidade de retenção para o pecuarista. “Com a queda nos preços, os frigoríficos conseguiram avançar bem nas escalas de abate, que agora estão fechadas entre oito e nove dias úteis.”

Variação de preços da arroba do boi

Os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 17 de julho em comparação ao dia 11:

  • São Paulo (Capital): R$ 290, queda de 3,3% frente aos R$ 300
  • Goiás (Goiânia): R$ 280, recuo de 3,45% perante aos R$ 290
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 285, baixa de 3,39% em comparação aos R$ 295
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 295, retração de 3,28% em relação aos R$ 305
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 300, queda de 4,76% frente aos R$ 315
  • Rondônia (Vilhena): R$ 265, perda de 3,64% frente aos R$ 275

Mercado atacadista

O mercado atacadista se deparou com preços em queda no decorrer da semana. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere a continuidade do movimento de queda no curto prazo, em linha com o consumo mais lento no decorrer da segunda quinzena do mês.

“Soma-se a isso a menor competitividade da carne bovina se comparado as proteínas concorrentes, em especial da carne de frango”, disse.

O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 21,80 o quilo, queda de 3,11% frente aos R$ 22,50 da semana passada. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 17,50 o quilo, recuo de 6,67% frente aos R$ 18,75 registrados na semana anterior.

Exportações de carne bovina

carne
Foto: arquivo Canal Rural

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 576,814 milhões em julho (9 dias úteis), com média diária de US$ 64,090 milhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chegou a 104,193 mil toneladas, com média diária de 11,577 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.536,00.

Em relação a julho de 2024, houve alta de 40,9% no valor médio diário da exportação, ganho de 12,2% na quantidade média diária exportada e avanço de 25,6% no preço médio.



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