O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 5,3 bilhões em financiamentos pelo Plano Brasil Soberano. O objetivo é apoiar empresas atingidas pelo aumento das tarifas de importação imposto recentemente pelo governo dos Estados Unidos.
Segundo o banco, foram autorizadas 371 operações de crédito, distribuídas em três linhas principais: Capital de Giro, Giro Diversificação e Bens de Capital.
Indústria concentra maior parte dos recursos
A maior parcela dos financiamentos, cerca de R$ 4,38 bilhões, foi destinada à indústria de transformação — um dos setores mais afetados pelas restrições comerciais norte-americanas. O comércio e os serviços receberam R$ 468 milhões, enquanto a agropecuária foi contemplada com R$ 336 milhões. A indústria extrativa ficou com R$ 127 milhões.
A linha Capital de Giro, voltada a despesas operacionais e manutenção de atividades, respondeu por R$ 2,86 bilhões. Já a Giro Diversificação, que estimula a busca de novos mercados externos, movimentou R$ 2,39 bilhões. Outros R$ 52 milhões foram liberados para a compra de bens de capital.
Apoio à preservação de empregos e exportações
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a medida busca proteger empregos e reduzir os impactos do chamado “tarifaço” sobre as exportações brasileiras. “A determinação do presidente Lula é preservar postos de trabalho e estimular o desenvolvimento de novos mercados”, destacou.
O Plano Brasil Soberano foi criado em resposta às barreiras impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, especialmente industriais e agropecuários. A expectativa do governo é que o pacote de crédito ajude empresas a manter a produção e ampliar a presença internacional diante do novo cenário comercial.