O Brasil abriu 213 mil postos de trabalho com carteira assinada em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado representa alta frente a agosto, quando haviam sido criadas 147 mil vagas, mas queda de 15,6% em relação a setembro de 2024, quando o saldo foi de 252 mil empregos.
Mesmo com a desaceleração, o número ainda supera o de setembro de 2023, quando o país registrou a criação de 204 mil postos formais. Segundo o governo, o resultado reflete os efeitos da atividade econômica mais moderada e dos juros ainda elevados, que reduzem o ritmo das contratações.
Geração de empregos por setor
Todos os cinco grandes setores da economia registraram saldo positivo em setembro. O destaque ficou com o setor de serviços, que abriu mais de 106 mil vagas, impulsionado pelas áreas de informação, comunicação, finanças, educação e saúde.
A indústria criou 43 mil postos de trabalho, puxada principalmente pela indústria de transformação, responsável por quase 40 mil dessas vagas. No comércio, foram abertas 36 mil posições, enquanto a construção civil somou 23 mil e a agropecuária, pouco mais de 3 mil.
Especialistas avaliam que a sustentação do emprego em serviços e construção demonstra resiliência em atividades ligadas ao consumo e à infraestrutura, embora o ritmo mais lento de expansão sinalize cautela nas contratações para o fim do ano.
Regiões que concentram a maior parte das vagas
Todas as cinco regiões do país apresentaram saldo positivo em setembro. O Sudeste liderou a geração de empregos, com 80,6 mil novas vagas, seguido pelo Nordeste, com 72,3 mil, e pelo Sul, com 27,3 mil.
Entre os estados, São Paulo foi o destaque, com 49 mil postos formais criados, à frente do Rio de Janeiro (16 mil) e de Pernambuco (15,6 mil). No outro extremo, Roraima, Amapá e Acre registraram os menores saldos, todos abaixo de mil vagas.
De janeiro a setembro, o Caged contabiliza 1,7 milhão de empregos com carteira assinada. No mesmo período de 2024, o saldo havia sido de quase 2 milhões, o que confirma a perda de fôlego do mercado de trabalho em 2025.


 
							 
											













