São Paulo, dezembro de 2024 – Melhorar a acessibilidade a informações de bem-estar animal e sobre a qualidade dos produtos, bem como clarificar o processo produtivo e o respeito ao meio ambiente e animais, fazem parte da Certificação em Bem-Estar Único – Missão de Cuidar. Apresentada ao mercado no final de 2022 pela MSD Saúde Animal, o selo traz às propriedades comprovações de que seguem perfis modernos, sustentáveis e alinhados às demandas dos consumidores e às exigências do mercado internacional. A Master Agroindustrial S/A, detentora da marca de produtos Sulita e a primeira empresa a receber a certificação, renovou a conquista pelo segundo ano consecutivo e ressalta os benefícios para os negócios no mercado interno e externo.
Com auditoria feita pela QIMA/WQS, certificadora internacional que já é usada como referência no mercado agrícola, na indústria e no varejo de alimentos no Brasil, a certificação reúne mais de 150 critérios de avaliação, sustentados por uma base científica. Segundo Filipe Dalla Costa, coordenador de Bem-Estar Animal para monogástricos na MSD Saúde Animal, embora já existam outras certificações no mercado, essa tem como diferenciais a abrangência para todas as frentes de produção e a adaptação às características do Brasil. “Com um processo robusto, sólido e transparente, é possível melhorar a comunicação com consumidores nacionais e internacionais, e o certificado apoia justamente a imagem da cadeia produtiva brasileira, auxiliando o acesso a novos mercados e facilitando tomadas de decisões.”
Os itens avaliados para a conquista do selo vão desde questões relacionadas aos animais, considerando o modelo dos “Cinco Domínios” do bem-estar animal, proposto pelo pesquisador Donald Mellor, até itens de gestão da propriedade, gestão ambiental, instalações rurais e capacitações. O objetivo é garantir uma vida digna de ser vivida aos animais e às pessoas, bem como melhorar a sustentabilidade de todo o sistema produtivo, fornecendo um alimento ético para a sociedade.
Na Master, que produz aproximadamente 3 mil suínos por dia (considerando abate e processamento), a equipe iniciou os trabalhos diretamente com o tema de bem-estar animal em meados de 2019, por meio de treinamentos e consultorias para auxiliar nas melhorias do processo de manejo, transporte, insensibilização e abate. “Importante ressaltar que, no mercado nacional, a Master foi a primeira empresa a receber treinamentos de eutanásia e adquirir equipamentos de concussão mecânica para padronizar o processo e melhorar o bem-estar dos animais e das pessoas envolvidas na produção de alimentos”, pontua Filipe.
Em 2020, focada na melhoria contínua, as consultorias e os treinamentos na Master continuaram no tema de insensibilização e lesões, fortalecendo a cultura de bem-estar animal na companhia. Já em 2021, a empresa, em parceria com a MSD Saúde Animal, evoluiu as capacitações no tema de abate humanitário, abordando as etapas de embarque, transporte, desembarque, condução dos suínos, insensibilização e abate dos animais. Nessa trajetória, a empresa tornou-se, em 2023, a primeira do mundo a receber a Certificação em Bem-Estar Único, envolvendo os temas de bem-estar dos animais, das pessoas e a sustentabilidade na produção de alimentos.
Melhorias e avanços
Com as adequações provenientes da conquista do selo, a Master incluiu na rotina monitoramentos relacionados ao transporte, à qualidade do ar e à instalação de estruturas de enriquecimento ambiental, para que os animais possam expressar seu comportamento de exploração durante os momentos em que estão alojados na indústria, além de intensificar o treinamento dos colaboradores.
“Após a certificação e os ajustes realizados, houve uma significativa diminuição na ocorrência de brigas nas baias, ligadas principalmente à inclusão do enriquecimento ambiental. Também houve uma diminuição na ocorrência de carnes com alteração de PH e coloração, estabelecendo uma ligação direta com a qualidade final do produto. Com isso, espera-se um melhor aproveitamento de cortes”, diz Adilson.
O profissional ressalta ainda que, com os treinamentos constantes e o entendimento dos colaboradores quanto ao comportamento e à fisiologia dos animais, foi possível diminuir a interação homem-animal, melhorando o manejo e, consequentemente, diminuindo o estresse dos animais. “O que também trouxe melhorias na condição do trabalho desempenhado pelos manejadores.”
Com todos os resultados obtidos, a empresa também estuda incrementar o selo da certificação no rótulo dos produtos da marca. “É mais uma maneira de transmitir para o consumidor a segurança de consumir um alimento produzido com ética e respeito aos animais, o que, com certeza, deve valorizar o produto”, afirma Adilson.
Inclusive, a pesquisa de transparência do consumidor da MSD Saúde Animal (Transparency in Animal Protein. A Quantitative Consumer Research Report, 2022), conduzida pela Aimpoint Research, demonstra que os consumidores estão dispostos a pagar mais por transparência na compra de proteína animal. Além disso, o tema bem-estar animal aparece em terceiro lugar, com 45% de indicação, como item avaliado na compra da proteína.
“Somos todos parte da cadeia de produção de alimentos, e a demanda por certificações de bem-estar animal garante a qualidade do produto ao consumidor final, abrindo oportunidade para melhorar a comunicação entre o setor produtivo e a sociedade no fornecimento de alimentos éticos”, complementa Filipe.