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Dia das Mulheres Rurais: A liderança feminina como trunfo do agro

Dia das Mulheres Rurais: A liderança feminina como trunfo do agro


Neste 15 de outubro, Dia Internacional das Mulheres Rurais, a celebração vai além do reconhecimento e entra no campo da estratégia para o agronegócio brasileiro. A crescente presença de lideranças femininas em debates globais tem se mostrado um ativo fundamental para defender o setor, desmistificar críticas e construir uma imagem mais justa da produção nacional.

Essa é a visão de Juliana Farah, presidente da Comissão Semeadoras do Agro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP). Para ela, a participação de uma delegação brasileira no recente Global Summit Women in Agritech, na Bélgica, representa um ponto de virada.

“Eu considero essa participação um marco histórico. É a prova de que as mulheres do agronegócio brasileiro não estão apenas na base da produção, mas também no topo, participando e influenciando as discussões globais”, afirma Farah. Ela ressalta que levar as ações da comissão ao hemisfério Norte é uma oportunidade de romper barreiras e inspirar futuras gerações.

Uma comunicação que constrói pontes

Um dos pontos mais sensíveis que essa nova abordagem ajuda a combater são as críticas internacionais à pecuária. Farah acredita que a perspectiva feminina é crucial para humanizar o setor e apresentar uma comunicação mais transparente e empática.

“A mulher do agro tem uma visão de longo prazo. Ela se preocupa com a família, a comunidade e a sustentabilidade, não só por exigências, mas para as próximas gerações”, explica. “Podemos ser a ponte para destacar as práticas sustentáveis, a tecnologia e o bem-estar animal que já são realidades nas nossas fazendas, desmistificando as críticas e construindo uma imagem mais justa do agro”.

Essa capacidade de diálogo, segundo ela, vem de características que favorecem a colaboração em vez do confronto. “A presença feminina em debates globais traz uma nova perspectiva. A mulher, em geral, tem uma forma de comunicação mais colaborativa. Essa abordagem geralmente causa mais empatia e é capaz de construir novos caminhos, em vez de muros”, pontua.

Juliana Farah (FAESP)
FOTO: Arquivo pessoal

Liderança na prática: do campo aos fóruns globais

Conciliar a gestão da atividade rural com a missão de representar o Brasil no exterior é, segundo Juliana, um “desafio motivador”. A base de seu trabalho, ela reforça, é a realidade do campo, e o equilíbrio é uma busca constante.

“Equilibrar a vida em família com os afazeres do campo se assemelha a uma gangorra. Há momentos em que a atividade rural exige mais e, em contrapartida, há momentos em que a vida pessoal clama por mais atenção”, reflete.

Olhando para o futuro, Farah deixa uma mensagem clara para as próximas gerações de mulheres que desejam ocupar espaços de liderança: a capacitação é o caminho. “É primordial que estejamos sempre integradas com novas informações, tecnologias e profissionalizando a gestão. Temos entidades importantes de suporte, como o SENAR, a FAESP e os Sindicatos Rurais”, aconselha.

Com a COP30 no horizonte, ela defende que o papel das mulheres será fundamental. “Precisamos atuar como emissárias e defensoras da nossa atividade, mostrando que a produção de alimentos e a preservação do meio ambiente, no Brasil, andam lado a lado. Nosso papel é humanizar a discussão e apresentar as soluções que já aplicamos no dia a dia”, finaliza.



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