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Doenças na soja; veja as estratégias adotadas pelos produtores

Doenças na soja; veja as estratégias adotadas pelos produtores


A safra 2022/2023 de soja em Mato Grosso foi marcada por desafios, como uma perda de até 60% em algumas áreas, por conta das condições climáticas extremas. A seca generalizada no estado impactou a produção, mas, ao contrário do ano passado, a safra atual enfrenta uma nova preocupação: anomalias nas lavouras.

Vários talhões de soja estão apresentando problemas, com cerca de 8 a 10% das plantas já com brotações, uma condição conhecida como anomalia. Esse fenômeno, que resulta em perdas, exige um manejo cuidadoso. Embora os produtores tenham investido em cinco aplicações de fungicidas durante o ciclo da soja, o excesso de chuvas tem dificultado a eficácia das aplicações, lavando os produtos e comprometendo seu desempenho.

O aumento do custo com fungicidas é um reflexo direto desses desafios. Em comparação com o ano passado, os produtores estão gastando três sacas a mais por hectare para tentar controlar as doenças. Mesmo com esse aumento nos gastos, a preocupação é que a situação piore se o manejo não for eficaz.

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Uma das estratégias adotadas foi adiantar a dessecação, tentando minimizar os danos causados pelas anomalias, especialmente no que diz respeito ao grão avariado. Em algumas áreas, essa técnica se mostrou eficaz, permitindo a colheita com grãos de boa qualidade e o cumprimento das exigências contratuais. Porém, os produtores continuam vigilantes, pois ainda há muitas lavouras em fase de desenvolvimento e a doença pode se manifestar mais tarde, durante a maturação das plantas.

O cenário é preocupante, pois já houve perdas de até 10% da produção em anos anteriores devido a anomalias, especialmente em períodos de clima chuvoso. Apesar de as aplicações preventivas de fungicidas serem mais robustas, casos pontuais de apodrecimento já foram registrados, e a atenção está voltada para o momento da colheita. A expectativa é que as perdas de apodrecimento não ultrapassem 10% da produção, mas o risco ainda persiste.

Embrapa, em parceria com outros centros de pesquisa, continua investigando as causas e soluções para o apodrecimento. Embora o agente causal definitivo da doença ainda não tenha sido identificado, sabe-se que fatores ambientais e o tipo de cultivar influenciam diretamente o desenvolvimento da doença. O manejo adequado com fungicidas tem mostrado resultados positivos, embora a pesquisa ainda precise avançar para definir o controle ideal.

Além das anomalias, outra preocupação que cresce entre os produtores é a presença de doenças fúngicas, como a mancha alvo e a cercospora, que se beneficiaram das condições climáticas deste ano. Essas doenças podem causar perdas na produtividade se não forem controladas adequadamente. As variedades de soja de alto teto produtivo, embora promissoras, também são suscetíveis a essas doenças, o que exige uma abordagem mais equilibrada no manejo.

O controle químico, combinado com práticas agrícolas como o uso de variedades resistentes, manejo de palhada e integração de métodos biológicos, tem sido recomendado como uma forma de minimizar os impactos dessas doenças. A atenção à aplicação de fungicidas, o espaçamento adequado e a integração de diferentes manejos têm sido fundamentais para garantir uma produção mais segura.



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