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Dos 550 milhões de produtores rurais do mundo, metade são de países do Brics

Dos 550 milhões de produtores rurais do mundo, metade são de países do Brics


Os países do Brics tem uma grande parcela de contribuição para a produção agrícola e o comércio agropecuário mundial. Segundo Luís Rua, secretário de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), dos 550 milhões de produtores do mundo, cerca da metade está em países do Brics.

O grupo corresponde a 30% da pesca de cultivo, 70% da aquicultura e tanto a produção nesses países de matérias-primas utilizadas na agropecuária, como os fertilizantes, quanto a alta produtividade em cereais e carnes demonstram a importância do debate em torno da agricultura e da cooperação entre os membros do grupo.

O secretário Luís Rua participou de uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (21), em Brasília, após a reunião do Grupo de Trabalho de Agricultura do Brics.

“Os países do Brics são muito relevantes para nós, o Brasil exportou no ano passado cerca de US$ 165 bilhões em produtos agropecuários, mais de 60 milhões, ou seja 41% de tudo que nós exportamos, foram para os países do Brics”, afirmou.

Luís Rua acrescentou também que em termos de comércio justo e inclusivo, um dos pilares da discussão é a segurança alimentar. Pois, em um mundo onde 733 milhões de pessoas passam fome, ele acredita que países grandes produtores de alimentos devem ter uma postura ativa para erradicar o problema.

Agricultura e COP 30

O secretário destacou ainda que o Brasil vive um momento marcante porque além da reunião do Brics, vai sediar a COP 30, e há uma conexão entre o que está sendo discutido no GT de Agricultura e os temas debatidos na Conferência das Nações Unidas.

Como exemplo, ele citou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas que busca converter uma pastagem degradada em lavoura eficiente e dessa forma melhorar a produtividade dentro de um sistema de integração entre lavoura, pecuária e florestas.

“No ano passado foram mais de 1 milhão de hectares recuperados e nós queremos fazer essa agricultura sustentável, sem precisar derrubar árvores ou mexer nos nossos biomas e melhorar as condições das nossas pastagens. Assim, a gente vai poder garantir um objetivo maior – a segurança alimentar, que inclusive vai ao encontro ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 2, da Organização das Nações Unidas (ONU), para 2030, que é o Fome Zero”.

Certificação eletrônica

Em termos de comércio, de acordo com o secretário, o grupo tem debatido sobre a certificação eletrônica com o objetivo de diminuir a burocracia e levar mais oportunidades para produtores e exportadores em todos os países do Brics.

A expectativa é poder comerciar bens e serviços sem travas, por exemplo, como no caso de uma mercadoria parada em um porto por falta de um certificado. Além de demonstrar para o mundo como o Sul Global pode contribuir com práticas inovadoras para o comércio internacional.

“Então, eu acho que estamos em um momento de concertação para justamente trazer essas boas práticas e juntos mostrar que podemos avançar com o peso de boa parte da produção agropecuária mundial”, concluiu.

O que são os Brics?

Em 2001, o economista britânico Jim O’Neill cunhou o acrônimo “BRIC” para descrever as chamadas economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia e China e recomendá-las aos investidores em um artigo para os assinantes da Goldman Sachs Assets Management, um serviço especializado de gestão de ativos. Jim O’Neill recomendou o investimento nos quatro países descrevendo-os como o futuro da economia mundial.

O termo se popularizou e os países formaram um grupo de fato com a primeira reunião a nível de Ministros das Relações Exteriores em 2006, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A partir da crise financeira de 2008, os quatro países buscaram atuar de forma concertada, no âmbito do G20, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, com propostas para a reforma da governança econômica e financeira internacional, de modo a refletir o aumento do peso relativo dos países emergentes na economia mundial. Dentro desse espírito de renovação aconteceu a primeira Cúpula de Chefes de Estado em 2009, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia.

Com a incorporação da África do Sul em 2011, o “S” foi acrescentado ao acrônimo original, consolidando a primeira expansão do agrupamento.



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