USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ -- USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ --
Navegando:
Guerra comercial, câmbio e clima: os fatores que movimentaram a soja e o milho

Guerra comercial, câmbio e clima: os fatores que movimentaram a soja e o milho


A semana foi marcada por diferentes acontecimentos econômicos que impactaram os mercados de soja e milho, no Brasil e no exterior. Segundo a plataforma Grão Direto, a intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, aliada a dados econômicos robustos nos EUA e movimentações na área de plantio americana, trouxe volatilidade aos preços e influenciou decisões estratégicas de produtores e tradings.

  • Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link! 🌱

O principal destaque da última semana foi o agravamento da disputa comercial entre Estados Unidos e China. Na quarta-feira (2), o presidente norte-americano Donald Trump anunciou novas tarifas sobre diversos países. Em resposta, a China divulgou na sexta-feira (4) um aumento de 34% nas tarifas sobre produtos agrícolas americanos, incluindo a soja, o que torna inviáveis as exportações dos EUA para o país asiático.

A medida favorece diretamente a soja brasileira, que já vinha sendo beneficiada desde o início do conflito comercial em 2018. Com isso, os prêmios de exportação subiram nos portos brasileiros, enquanto os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) para maio encerraram a semana em queda, cotados a US$ 9,77 por bushel, recuo de 3,41%.

Mercado no Brasil segue firme

No mercado interno, os preços da soja seguiram sustentados pela demanda internacional aquecida e pela competitividade frente ao produto americano. O índice de soja exportação da Grão Direto iniciou a semana a R$ 133,66 por saca e fechou a R$ 134,10 na sexta-feira. Apesar da estabilidade nos preços, gargalos logísticos e a alta nos fretes continuam a dificultar o escoamento da safra recorde nacional.

Óleo de soja sofre impacto

As cotações do óleo de soja recuaram mais de 4% ao longo da semana, pressionadas pela queda do petróleo, que acumulou baixa de 7,5%. O óleo de soja, amplamente utilizado na produção de biocombustíveis, acompanha diretamente os movimentos do setor energético.

Além disso, a desvalorização do óleo de palma no mercado internacional também reforçou o cenário de baixa, pressionando as cotações da soja em grão.

USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, na última segunda-feira, aumento de 5% na área plantada de milho (95,3 milhões de acres) e redução de 4% na área de soja (83,5 milhões de acres) para a próxima safra. A mudança reflete a tentativa de produtores americanos de reduzir os impactos das tarifas chinesas sobre a soja, uma vez que o milho é menos dependente da exportação.

A reconfiguração das áreas de plantio pressionou os preços futuros das commodities em Chicago e reforçou o cenário de competição internacional mais acirrada.

O avanço do dólar

O dólar comercial encerrou a semana cotado a R$ 5,83, com alta acumulada de 3,85%. O avanço da moeda americana foi impulsionado pelos dados do payroll norte-americano, que registrou a criação de 228 mil empregos em março, acima das expectativas. A divulgação reforçou o otimismo com a economia dos Estados Unidos e fortaleceu o dólar globalmente.

Além disso, o aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, provocado pela escalada da guerra comercial, também beneficiou moedas fortes. No Brasil, a valorização cambial melhora a competitividade das exportações agrícolas, mas impõe pressão sobre os custos de produção, já que diversos insumos são cotados em dólar.



Source link

Assine nossa Newsletter

Sinta-se no campo com as notícias mais atualizadas sobre o universo do agronegócio.

Sem spam, você pode cancelar a qualquer momento.


Notícias Relacionadas

leilões já superam R$ 77 milhões em faturamento

A 18ª ExpoGenética, realizada em Uberaba (MG) pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), já ultrapassou a marca de R$ 77,5 milhões em faturamento com os 15 leilões oficializados até esta quinta-feira (21). O evento, considerado a maior vitrine da pecuária zebuína no país, vem registrando alta liquidez e valorização da genética ofertada. Na quarta-feira (20), quatro remates reforçaram o ritmo do mercado: O 8º Leilão Genética Aditiva ExpoGenética 2025 movimentou R$ 5,59 milhões com a venda de 27 animais nelore, média de R$ 207,1 mil. O Leilão Reserva ExpoGenética Santa Nice arrecadou R$ 4,26 milhões, com 32 nelore comercializados a uma média de

Alta de juros domina cenário do mercado; saiba mais no Diário Econômico

No morning call de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, comenta que juros futuros subiram com pesquisas eleitorais e cautela global, aumentando o risco doméstico. O dólar encerrou a R$ 5,47, reagindo ao cenário externo e tensões com os Estados Unidos, enquanto o Ibovespa ficou estável em 134 mil pontos. A arrecadação federal de julho veio acima do esperado, impulsionada pelo setor de serviços. Hoje, destaque para o PIB da Alemanha e salários na zona do euro. Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que

Consumo em supermercados cresceu 4% em julho, aponta Abras

O consumo nos lares brasileiros nos supermercados registrou alta de 4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quinta-feira (21). Em relação a junho, o crescimento do consumo foi de 2,4%, enquanto no acumulado do ano até julho, o indicador apresentou elevação de 2,6%. Os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O crescimento interanual de 4% reflete um movimento sustentado pela melhora da renda e do mercado de trabalho. No recorte mensal, julho costuma apresentar retração

Circuito Nelore de Qualidade em MT: quase 800 carcaças avaliadas em Confresa

Pecuaristas e amantes da qualidade, a busca por alta performance na pecuária brasileira tem um palco de destaque: o Circuito Nelore de Qualidade. Em Confresa, no estado de Mato Grosso, uma multidão de gado de primeira foi avaliada, com quase 800 carcaças em uma etapa que celebrou a excelência da raça na região. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história. Essa celebração da qualidade do Nelore foi o grande assunto do quadro Giro pelo Brasil desta quinta-feira (21). O tradicional quadro do programa Giro do Boi, do Canal Rural, mostra como o Brasil está produzindo carne de alta qualidade, segura e com rastreabilidade para

confira os preços da arroba hoje

O mercado físico do boi registrou preços pouco alterados nesta quinta-feira (21). Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por um perfil mais acomodado de preços. “O perfil da demanda durante a segunda quinzena do mês leva a crer em pouco espaço para altas mais contundentes”, define. De acordo com ele, o grande ponto de sustentação aos preços da arroba do boi gordo permanece nas exportações de carne bovina. “O desempenho tem sido extremamente satisfatório, com perspectiva de crescimento importante em termos de volume e principalmente de receita.” São Paulo: R$ 311,68 — ontem: R$ 311,52

Vaca alcança valorização de R$ 3,5 milhões na 18ª Expogenética

Maior mostra de animais zebuínos avaliados de todo o país, a Expogenética está em sua 18ª e acontece em Uberaba, Minas Gerais. O evento teve início no dia 15 de agosto e se estende até o próximo domingo (24). Durante o evento, no Leilão Nelore Paranã, transmitido pelo Canal Rural e Canal do Criador, a vaca Boa FIV de Naviraí teve 50% de suas cotas vendidas por R$ 1.743.000 nesta quinta-feira (21). Assim, alcançou a impressionante valorização de R$ 3.486.000. Foto: Reprodução Redes Sociais O animal tem média de 52 oócitos por coleta e prenhez confirmada do Átila de Naviraí. Confira, abaixo, os índices genéticos

Holandês x Senepol: por que o cruzamento não é ideal para a pecuária leiteira?

Pecuaristas, a escolha do cruzamento industrial é fundamental para o sucesso de um rebanho, seja para carne ou para leite. Washington Cobacho, de Mira Estrela, no estado de São Paulo, possui vacas senepol e mestiças e pensa em inseminá-las com sêmen de touro holandês para a produção de leite. Assista ao vídeo. Nesta quarta-feira (12), o zootecnista Guilherme Marquez, especialista em genética de gado de leite, respondeu à dúvida no quadro “Giro do Boi Responde”. Ele explica que o cruzamento de Holandês com Senepol é o oposto do que se busca para a produção de leite e oferece outras alternativas mais assertivas para o produtor.

Câmara aprova urgência para isenção do IR de quem ganha até R$ 5 mil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (21), por unanimidade, o requerimento de urgência do projeto de lei (PL) que traz isenção do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil. A matéria prevê também redução parcial do imposto para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350. De autoria do governo federal, o PL 1.087 de 2025 é relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL). Para compensar a perda de arrecadação, o texto já aprovado em comissão especial da Câmara prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil

“Gado passa fome no Brasil”: o alerta e as soluções para evitar o boi sanfona

Pecuaristas, a frase “o gado no Brasil passa fome!” pode soar dura, mas é a realidade em muitas fazendas, especialmente no período da seca. Essa falta de alimento de qualidade resulta no indesejado “efeito sanfona”, em que o animal engorda nas águas e emagrece na seca, comprometendo a rentabilidade da atividade. Assista ao vídeo abaixo e confira esta história na íntegra! Nesta entrevista especial, o zootecnista Tiago Felipini, especialista em nutrição de ruminantes e consultor da Alcance Planejamento Rural, fez um alerta no programa Giro do Boi. Ele explicou que, apesar de o gado nelore ser robusto e o negócio pecuário ser resiliente, a falta

Ministro do Trabalho minimiza impacto do tarifaço nos empregos

Poucas empresas brasileiras levarão sua linha de montagem para os Estados Unidos, como forma de amenizar os impactos do tarifaço do governo norte-americano contra produtos brasileiros. A avaliação é do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Para ele, nesse caso, os efeitos negativos para o mercado de trabalho do país serão diminutos. Já no pior dos cenários projetados, tendo como base uma pesquisa do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a redução das vagas de emprego seria de, no máximo, 320 mil em um total estocado de 48 milhões de empregos. “Convenhamos: não seria o desastre total”, disse Marinho, ao reiterar que