Na última semana, o Senado aprovou o Projeto de Lei (PL 3149/2020) que altera a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que permite que os produtores de soja participem da comercialização dos créditos de carbono gerados pelas indústrias de biocombustíveis. A medida amplia as oportunidades para os agricultores, que poderão negociar diretamente com as empresas de biodiesel e etanol, obtendo prêmios sobre sua produção de soja, convertida em biocombustíveis.
Até então, os créditos de carbono eram um benefício exclusivo das indústrias. Agora, com a mudança, o produtor de soja, uma das principais matérias-primas do biodiesel, passa a ser reconhecido e recompensado por sua contribuição à descarbonização, promovendo a sustentabilidade da cadeia produtiva como um todo.
Avanço para o produtor de soja
A Aprosoja Brasil, por meio de negociações com as associações representativas das indústrias de óleos vegetais e etanol de milho, foi importante para garantir que o produtor fosse incluído nesta política ambiental. Para Fabrício Rosa, diretor executivo da Aprosoja Brasil, essa conquista representa um avanço para o setor, fortalecendo a relação entre a produção agrícola e as políticas de sustentabilidade.
O senador Efraim Filho (União – PB), relator da proposta, destacou a importância dessa vitória para o agronegócio e agradeceu o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que foi essencial para o avanço do texto. A aprovação da proposta representa uma nova oportunidade para os produtores de soja, que agora podem agregar valor à sua produção, contribuindo com a redução das emissões de carbono e gerando novas fontes de receita no crescente mercado de biocombustíveis.