USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ -- USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ --
Navegando:
Venda de produtos com valor agregado para a China é oportunidade para o Brasil

Venda de produtos com valor agregado para a China é oportunidade para o Brasil


O presidente Donald Trump disse nesta segunda-feira (27) que Estados Unidos e China devem sacramentar um acordo comercial em breve. A declaração do presidente norte-americano ocorre dias antes do encontro com o líder chinês, Xi Jinping, previsto o final desta semana.

Em entrevista a repórteres antes de embarcar para o Japão, onde a reunião deve ocorrer, Trump afirmou que tem muito respeito pelo presidente da China. “Acho que chegaremos a um acordo”, disse.

Em meio a isso, Brasil e China também vivem um momento de maior aproximação, principalmente na área comercial. Neste sentido, o mercado brasileiro pode encontrar mais uma oportunidade: a venda de produtos de valor agregado para o gigante asiático. Essa é a avaliação de Vitor Moura, diretor de marketing da Câmara Brasil-China.

China e o consumo em expansão

Apesar da China ser o maior parceiro comercial do Brasil há mais de uma década, o envio de produtos brasileiros de maior valor agregado para o mercado chinês ainda é pouco explorado. Para o Moura, as oportunidades têm a ver com o crescimento da classe média chinesa e seu potencial de consumo.

“Essa classe média chinesa tem capital, condições e canais para consumir produtos de maior qualidade e, acima de tudo, o desejo de fazê-lo. Esses consumidores apresentam demandas que o Brasil poderia atender se investir nos produtos certos”, afirma.

De acordo com o especialista, produtos exclusivamente brasileiros tem potencial de ‘abrir o apetite’ chinês. É o caso de derivados do açaí, jabuticaba, castanha-do-Pará e pescados da região amazônica. “Tudo que seja exclusivo do Brasil pode ter valor agregado e abrir o mercado para a China”, diz.

Desafios no meio do caminho

Apesar do cenário de oportunidades, o Brasil precisa fortalecer a sua marca no exterior. Segundo Moura, esse é o maior desafio atualmente.

“O consumidor chinês tem características próprias, preferências de embalagem e sabor, exigindo adaptações na produção. Não adianta apenas replicar o que já se faz no Brasil”, afirma. Para isso, o especialista aponta dois passos essenciais: mudar a mentalidade e o trabalho conjunto entre empresários, governo e corpos diplomáticos.

Outros desafios citados por Moura passam pela exigência de investimento inicial e de regulações rígidas. “O mercado chinês é muito competitivo, exigindo capital no início. Além disso, a China tem exigências cada vez maiores na importação de alimentos, especialmente proteínas”, alerta.



Source link

Assine nossa Newsletter

Sinta-se no campo com as notícias mais atualizadas sobre o universo do agronegócio.

Sem spam, você pode cancelar a qualquer momento.


Notícias Relacionadas

Mercado prevê inflação e dólar menores em 2025

O mercado financeiro voltou a revisar para baixo a expectativa de inflação deste ano, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central. A projeção para o IPCA passou de 4,70% para 4,56%, quinta queda consecutiva. Inflação e juros As estimativas para a taxa básica de juros, a Selic, foram mantidas em 15% ao ano, sem alterações nas últimas semanas. Para 2026, o mercado segue projetando Selic de 12,25%. Já a previsão para o IGP-M recuou de 0,87% para 0,49%, enquanto o IPCA dos preços administrados passou de 4,97% para 4,92%. Atividade econômica O PIB brasileiro deve crescer 2,16% em 2025, o mesmo

Queda da inflação avança e reforça confiança dos investidores; ouça o podcast

No morning call desta segunda-feira (27), a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, comenta que os mercados globais subiram com balanços fortes e expectativa de novos cortes de juros nos EUA. No Brasil, IPCA-15 e núcleos de inflação vieram abaixo do esperado, reforçando apostas em cortes já no início de 2026. Destaque para possível redução de 25 pontos-base pelo Fed, manutenção de política pelo BCE e Banco do Japão, além de indicadores de atividade e fiscal no Brasil. Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que impactam

Preços do boi gordo sobem em parte do país com redução nas escalas de abate

O mercado físico do boi gordo apresentou reajustes positivos em diversas regiões do país ao longo desta semana, impulsionado pela redução nas escalas de abate dos frigoríficos. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, unidades do Pará, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul registraram elevação nas cotações diante da menor disponibilidade de animais prontos para o abate. Em São Paulo, os preços permaneceram estáveis, já que os frigoríficos de maior porte seguem com escalas mais confortáveis e boa oferta proveniente de parcerias. No dia 22 de outubro (quarta-feira), os valores da arroba do boi gordo na modalidade a prazo foram os seguintes:

Hortas circulares apoiam agricultura familiar em Minas Gerais

Já imaginou uma horta em círculo? Essa técnica está sendo repassada para agricultores familiares de diferentes regiões de Minas Gerais, por meio da Empresa de Pesquisa Agropecuária do estado (Epamig). O funcionamento com curvas de nível faz com que toda água que cai na horta permaneça dentro dela. Desse modo, é possível reduzir a erosão, em locais com mais declives, e aproveitar melhor a água da irrigação, em locais planos.  A ideia é fomentar uma nova fonte de renda e incrementar a oferta de alimentos.  A ação integra o projeto “Expansão e fortalecimento da cadeia produtiva de arroz em Minas Gerais, com foco em sustentabilidade e segurança

Suplementação na seca é essencial para a nutrição do gado; entenda

Para que o pasto na seca continue sendo a base da alimentação do rebanho, o planejamento antecipado e a suplementação estratégica são essenciais. Em entrevista recente ao programa Giro do Boi, o zootecnista Iorrano Cidrini afirmou que, mesmo quando o produtor utiliza o diferimento (vedação) para ter massa disponível, a qualidade da forragem cai com o avanço da estiagem, exigindo um aporte de nutrientes. Segundo ele, o principal objetivo da suplementação na seca é fornecer proteína para dar combustível às bactérias do rúmen. Esse “combustível” é o que permite ao animal processar a fibra de baixa qualidade do pasto diferido. Ao suplementar, o produtor garante

veterinárias impulsionam pecuária no Rio Grande do Sul

A atuação de um médico-veterinário pode ir além do cuidado com animais, bem-estar, vacinação ou tratamento de doenças. Um profissional da área pode estar também à frente de temas que impulsionam o agronegócio, como o desenvolvimento da genética de raças e toda a esfera que envolve o assunto, desde a colaboração no aprimoramento de animais de linhagens superiores até a promoção desses animais em feiras, eventos e para diversos mercados e segmentos da pecuária. No Rio Grande do Sul, estado referência em pecuária de corte, leite e ovinocultura, a atuação de médicos veterinários tem feito a diferença. Conforme o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS),

Reuniões para suspender tarifaço começam ainda hoje, diz Mauro Vieira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que as negociações com o governo dos Estados Unidos para a suspensão do tarifaço contra as exportações brasileiras serão iniciadas neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia.  Segundo o chanceler brasileiro, a autorização para o início das negociações foi dada pelo presidente Donald Trump após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vieira disse que a primeira reunião deve ser realizada na noite deste domingo (26), no fuso do horário da Malásia, que está 11 horas à frente do horário oficial de Brasília.  Na conversa, Lula pediu a Trump que as tarifas extras sejam

Lula se reúne com Trump na Malásia e discute relações entre Brasil-EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e ocorreu durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Durante a reunião, Lula disse que não há razão para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação.  Em julho deste ano, Trump anunciou uma tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em

Nas redes sociais, Lula comenta “ótima reunião” com Trump na Malásia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (26) que teve uma “ótima reunião” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mais cedo, os presidentes se encontraram em Kuala Lumpur, na Malásia, durante 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Pelas redes sociais, Lula disse que discutiu de “forma franca e construtiva” a agenda comercial entre os dois países e acertou que as diplomacias do Brasil e dos Estados Unidos vão avançar nas negociações para suspender o tarifaço contra as exportações e as sanções contra autoridades brasileiras. Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na

Ipea sugere taxar super-ricos para custear dívidas climáticas

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) propõe a criação de um imposto sobre os super-ricos e um imposto corporativo mínimo global para financiar o pagamento de dívidas climáticas. A ideia é que esses recursos sejam destinados principalmente a países de baixa renda e populações vulneráveis. O estudo “Operacionalizando a justiça climática: uma proposta para quantificar e reparar dívidas climáticas” foi elaborado pelo pesquisador Rodrigo Fracalossi, que baseia seus cálculos na abordagem de igualdade per capita (EPC), que mede o quanto cada país ultrapassou sua “cota justa” de emissões desde 1990. “Essa abordagem busca traduzir em números a noção de responsabilização histórica por emissões. Ou seja, é