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BoiTeca integra pecuária com teca e rende R$ 4,70 por real investido

BoiTeca integra pecuária com teca e rende R$ 4,70 por real investido


Integrar pecuária com plantio de teca pode ser o caminho para unir rentabilidade e sustentabilidade no campo. Esse é o objetivo do Sistema BoiTeca, lançado pela Embrapa Agrossilvipastoril, em Mato Grosso. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes deste sistema.

A tecnologia combina a criação de gado com árvores de teca de alto valor comercial, proporcionando retorno de até R$ 4,70 para cada R$ 1 investido, com recuperação do capital em apenas oito anos.

A proposta é plantar linhas de teca no meio do pasto, mantendo a produção de carne enquanto as árvores crescem por cerca de 20 anos até o corte.

Assim, o pecuarista diversifica sua renda sem interromper a atividade principal. A teca, originária da Ásia, tem excelente adaptação ao clima quente do Brasil e mercado garantido, sendo uma aposta segura para o longo prazo.

Produção de carne e madeira na mesma área

O uso da teca em sistemas ILPF foi descrito e detalhado em um capítulo do livro Teca (Tectona grandis) no Brasil. Foto: Maurel Behling/Embrapa Agrossilvipastoril
O uso da teca em sistemas ILPF foi descrito e detalhado em um capítulo do livro Teca (Tectona grandis) no Brasil. Foto: Maurel Behling/Embrapa Agrossilvipastoril

O sistema começa com o plantio das mudas de teca. Durante os primeiros meses, o gado é retirado da área, permitindo o uso para agricultura, silagem ou feno. Com as árvores firmes, o rebanho retorna ao pasto.

As podas frequentes direcionam o crescimento das árvores, que formam troncos retos e liberam luz para a pastagem.

O sombreamento das árvores aumenta o conforto térmico, favorecendo o ganho de peso, o bem-estar animal e até mesmo a reprodução, conforme estudos da Embrapa. Além disso, o chamado efeito bordadura acelera o crescimento da teca em sistemas integrados.

A tecnologia já atraiu parceiros. A Teak Resources Company (TRC) firmou acordo com a Embrapa e, em um ano, implantou 350 hectares com quatro pecuaristas em Mato Grosso e Pará. A meta é alcançar 12.500 hectares em cinco anos, podendo ultrapassar 15 mil.

O perfil dos produtores que adotam o sistema varia: há desde os mais inovadores até os tradicionais, todos motivados pela chance de intensificar a produção e agregar valor ao negócio.

O sucesso, porém, depende do cumprimento de boas práticas, como espaçamento adequado, podas, controle de formigas, ervas daninhas e prevenção contra incêndios.

Histórico, cuidados e sustentabilidade

O uso da teca em sistemas ILPF foi descrito e detalhado em um capítulo do livro Teca (Tectona grandis) no Brasil. Foto: Maurel Behling/Embrapa Agrossilvipastoril

O modelo BoiTeca tem raízes no início dos anos 2000, com testes de produtores como Arno Schneider e Antônio Passos, este último batizando o sistema com o nome de sua fazenda, Bacaeri.

Hoje, Mato Grosso lidera a produção nacional, com 4 mil hectares em sistema silvipastoril com teca e outros 68 mil hectares em monocultivo, representando 80% da área do país.

No entanto, o pesquisador Maurel Behling alerta que o sucesso depende de tecnologia, manejo e atenção constante à saúde das árvores e dos animais.

Além do retorno financeiro, o BoiTeca contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa, melhora o uso da terra e aumenta a produtividade por hectare.

O sistema favorece a captura de carbono e pode permitir acesso a certificações sustentáveis, como Carne Baixo Carbono (CBC) e Carne Carbono Neutro (CCN).

O BoiTeca também se encaixa nas diretrizes do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, sendo uma estratégia viável para quem busca sustentabilidade com lucro.

Com apoio técnico e visão de longo prazo, o pecuarista pode transformar seu pasto em floresta de alto valor — sem deixar a boiada de lado.



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