USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ -- USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ --
Navegando:
Sindi PO da Embrapa: genética rústica e resistente agora reconhecida pela ABCZ

Sindi PO da Embrapa: genética rústica e resistente agora reconhecida pela ABCZ


Os pecuaristas do Semiárido brasileiro acabam de ganhar um reforço de peso. O rebanho da raça Sindi da Embrapa Semiárido foi reconhecido oficialmente com o registro de Pureza de Origem (PO) pela ABCZ, após quase dois anos de trabalho técnico. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história.

Isso significa que os 91 animais, entre machos e fêmeas, possuem genética comprovadamente pura e estão prontos para contribuir com o melhoramento genético da pecuária nacional.

Segundo o médico-veterinário Rafael Dantas, responsável pelo Núcleo de Conservação da Raça Sindi, essa certificação é a etapa final do processo que garante a qualidade genética dos animais.

Agora, a Embrapa pode oferecer sêmen e embriões certificados, contribuindo com a formação de rebanhos mais produtivos, adaptados ao clima seco e de baixo custo de manutenção.

Rigor técnico na certificação da raça Sindi

Bovinos da raça Sindi puros de origem (PO) da Embrapa reconhecidos pela ABCZ. Foto: Fernanda Birolo/Embrapa Semiárido

Para conquistar o registro PO, a Embrapa precisou cumprir uma série de exigências estabelecidas pela ABCZ, com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi). Entre os critérios técnicos estão:

  • Comunicação oficial de cobertura e nascimento dos bezerros;
  • Inspeção técnica por profissionais credenciados, que verificam a conformidade dos animais com o padrão da raça;
  • Exames de DNA para confirmar a filiação, especialmente nos casos de animais “resgatados”, ou seja, que não tinham genealogia formalmente registrada.

De acordo com Dantas, o reconhecimento formal atesta não apenas a origem, mas também a identidade racial e o potencial produtivo dos animais, reforçando o papel estratégico da Embrapa na conservação de raças adaptadas às mudanças climáticas.

Sindi: força, rusticidade e economia no campo

Originária do Paquistão, a raça Sindi se destaca por sua rusticidade e adaptabilidade a ambientes hostis. No Brasil, especialmente no Semiárido nordestino, ela vem ganhando espaço por ser:

  • Resistente ao calor extremo;
  • Produtiva mesmo em escassez de água e alimento;
  • Eficiente na conversão alimentar, mesmo com dietas de baixo valor nutricional;
  • Capaz de pastejar em áreas degradadas, onde outras raças não prosperam.

Essas características fazem da Sindi uma alternativa viável e sustentável para pecuaristas que enfrentam os desafios do clima e da escassez de recursos no campo.

Conservação genética como estratégia de futuro

Bezerros da raça Sindi puros de origem (PO) da Embrapa reconhecidos pela ABCZ. Foto: Fernanda Birolo/Embrapa Semiárido
Bezerros da raça Sindi puros de origem (PO) da Embrapa reconhecidos pela ABCZ. Foto: Fernanda Birolo/Embrapa Semiárido

A história desse rebanho começou em 1952, com a importação de animais do Paquistão. Desde 1996, ele é mantido como rebanho fechado na Embrapa Semiárido, o que assegura sua pureza genética.

Além disso, a empresa conserva amostras de sêmen e embriões no banco de germoplasma da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília.

Essa estratégia é uma garantia para o futuro da pecuária tropical, pois preserva uma linhagem que une baixo custo, rusticidade e desempenho zootécnico, fundamentais para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar.

Genética certificada ao alcance do produtor

Bovinos da raça Sindi puros de origem (PO) da Embrapa reconhecidos pela ABCZ. Foto: Fernanda Birolo/Embrapa Semiárido
Bovinos da raça Sindi puros de origem (PO) da Embrapa reconhecidos pela ABCZ. Foto: Fernanda Birolo/Embrapa Semiárido

Com a nova certificação da ABCZ, a Embrapa está pronta para oferecer material genético de altíssima qualidade a criadores interessados em investir em gado adaptado e produtivo.

A raça Sindi se consolida, assim, como uma aposta segura para quem deseja reduzir custos, enfrentar o calor e manter bons índices produtivos em condições adversas.

Segundo Rafael Dantas, “esse é um passo importante para tornar a pecuária mais resiliente e sustentável, principalmente nas regiões onde o clima é o maior desafio”. Para o produtor, é mais uma oportunidade de fortalecer o rebanho com base em ciência e tradição.



Source link

Assine nossa Newsletter

Sinta-se no campo com as notícias mais atualizadas sobre o universo do agronegócio.

Sem spam, você pode cancelar a qualquer momento.


Notícias Relacionadas

Ração de lucro máximo: software revoluciona a dieta e o lucro na pecuária

Pecuaristas, a suplementação na seca é um pilar para o sucesso da pecuária, e a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada na otimização de dietas e na lucratividade. A precisão no confinamento, com o uso de câmeras, balanças e sensores, impacta diretamente o ganho de peso e a conversão alimentar do gado. Assista ao vídeo e entenda essa ferramenta. O programa Giro do Boi recebeu o professor, pesquisador e nelorista Dante Pazzanese Lanna, do departamento de Zootecnia da Esalq, para conversar sobre o tema. Ele destacou o papel da nutrição e da genética para alcançar resultados espetaculares, como o abate de gado nelore de

Abacaxi na silagem: entenda como o fruto pode nutrir bem o seu gado

Pecuaristas, a busca por alternativas de alimento para o gado, especialmente em regiões com produção abundante de frutas, é uma prática que pode trazer economia e sustentabilidade. Ailton Conceição Filho, de Porto Nacional, no estado do Tocantins, uma região que produz muito abacaxi, levantou uma dúvida interessante: é possível fazer silagem de abacaxi para alimentar o gado? Assista ao vídeo abaixo e confira a resposta na íntegra. Nesta sexta-feira (22), o zootecnista Edson Poppi, especialista na área de silagem e embaixador de conteúdo do Giro do Boi, respondeu à pergunta no quadro “Giro do Boi Responde”. Ele explica que o resíduo de abacaxi tem um

Sistema Antecipasto eleva produção e reduz emissões na pecuária

O Sistema Antecipasto, validado a cerca de um ano atrás, já trouxe resultados expressivos para propriedades rurais no bioma do Cerrado. O sistema desenvolvido pela Embrapa Agropecuária Oeste, se consolida como um aprimoramento da Integração Lavoura-Pecuária. Neste modelo, o produtor pode semear o capim cerca de 20 dias após a semeadura da soja sem comprometer o seu desenvolvimento. Dessa forma, a tecnologia antecipa em até 60 dias a formação da pastagem no ciclo da soja, garantindo disponibilidade de forragem mesmo em períodos de estiagem e solos com baixa fertilidade. Em alguns casos, o sistema pode elevar em até 50% a produção de carne por hectare.

Economista de Harvard classifica tarifaço de Trump como ineficaz até para americanos

O ‘tarifaço’ promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra parceiros comerciais é considerado ineficaz até mesmo para os americanos, segundo o economista da Universidade de Harvard Dani Rodrik. Para ele, as sucessivas taxações sobre produtos importados não estimulam a economia nem garantem melhores empregos aos norte-americanos. “Há uma boa chance de que, no final das contas, isso seja autodestrutivo”, afirma Rodrik. As informações são da Agência Brasil. O economista participou do seminário Globalização, Desenvolvimento e Democracia, realizado pelo BNDES e Open Society Foundations no Rio de Janeiro. Rodrik criticou a política de Trump, dizendo que os objetivos de reconstrução industrial e fortalecimento da

Veja como a arroba do boi gordo terminou a semana

O mercado físico do boi gordo se depara com manutenção do padrão das negociações em grande parte do país. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios no restante de agosto ainda sugere por um perfil mais lateralizado, com os frigoríficos ainda encontrando certa dificuldade na composição de suas escalas de abate. “Para o último quadrimestre a expectativa em torno dos preços da arroba do boi gordo ainda é favorável, considerando a continuidade de um ritmo forte de exportação, somado ao auge do consumo no mercado doméstico”, conta. São Paulo: R$ 312,02 — ontem: R$ 311,68 Goiás: R$

Brasil passará a exportar carne bovina para país do Caribe

O governo brasileiro concluiu negociação sanitária para exportar carne bovina, produtos cárneos e miúdos bovinos para São Vicente e Granadinas, nação do sul do Caribe composta por uma cadeia de ilhas, com cerca de 100 mil habitantes. “A abertura faz parte da estratégia do governo brasileiro de diversificação de parcerias comerciais”, diz o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em nota. Segundo a pasta, em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 288 milhões em produtos agropecuários para países da Comunidade do Caribe (Caricom), de que São Vicente e Granadinas é membro. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 403 aberturas de mercado desde o

Plano Brasil Soberano terá 4 linhas de crédito, detalha diretor do BNDES

O diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, informou que o Plano Brasil Soberano terá ao todo quatro linhas de crédito. De acordo com ele, duas serão de investimentos e duas de capital de giro. O intuito é mitigar o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações do Brasil. “Uma linha de capital de giro é para a empresa lidar com falta de receita e uma segunda linha de capital de giro para empresas prospectarem novos mercados”, disse Barbosa. Segundo ele, a linha de capital de giro a gastos operacionais gerais terá taxa

leilões já superam R$ 77 milhões em faturamento

A 18ª ExpoGenética, realizada em Uberaba (MG) pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), já ultrapassou a marca de R$ 77,5 milhões em faturamento com os 15 leilões oficializados até esta quinta-feira (21). O evento, considerado a maior vitrine da pecuária zebuína no país, vem registrando alta liquidez e valorização da genética ofertada. Na quarta-feira (20), quatro remates reforçaram o ritmo do mercado: O 8º Leilão Genética Aditiva ExpoGenética 2025 movimentou R$ 5,59 milhões com a venda de 27 animais nelore, média de R$ 207,1 mil. O Leilão Reserva ExpoGenética Santa Nice arrecadou R$ 4,26 milhões, com 32 nelore comercializados a uma média de

Alta de juros domina cenário do mercado; saiba mais no Diário Econômico

No morning call de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, comenta que juros futuros subiram com pesquisas eleitorais e cautela global, aumentando o risco doméstico. O dólar encerrou a R$ 5,47, reagindo ao cenário externo e tensões com os Estados Unidos, enquanto o Ibovespa ficou estável em 134 mil pontos. A arrecadação federal de julho veio acima do esperado, impulsionada pelo setor de serviços. Hoje, destaque para o PIB da Alemanha e salários na zona do euro. Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que

Consumo em supermercados cresceu 4% em julho, aponta Abras

O consumo nos lares brasileiros nos supermercados registrou alta de 4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quinta-feira (21). Em relação a junho, o crescimento do consumo foi de 2,4%, enquanto no acumulado do ano até julho, o indicador apresentou elevação de 2,6%. Os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O crescimento interanual de 4% reflete um movimento sustentado pela melhora da renda e do mercado de trabalho. No recorte mensal, julho costuma apresentar retração