A linha de crédito rural de R$ 12 bilhões, criada pela medida provisória (MP) nº 1.314/2025, ainda não está plenamente disponível em todas as instituições financeiras. O programa foi lançado para renegociar dívidas de produtores rurais afetados por eventos climáticos, mas parte dos agricultores segue enfrentando dificuldades para acessar os recursos.
Embora o Banco Central tenha confirmado que o programa está habilitado no Sistema Sicor e apto a receber registros de operações, muitos produtores relatam que o crédito ainda não está operacional em todos os bancos, principalmente nas instituições que trabalham com recursos controlados.
Banrisul e Banco do Brasil iniciam operações
O Banrisul foi o primeiro banco a disponibilizar a linha de crédito, iniciando as operações em 15 de outubro. Agricultores já têm procurado as agências da instituição para viabilizar a contratação dos financiamentos previstos na MP.
O Banco do Brasil começou a efetivar as contratações nesta terça-feira (21), permitindo que produtores rurais, cooperativas e empresas do setor agropecuário acessem operações com recursos livres e condições especiais para liquidação e amortização de dívidas de custeio, investimento e Cédulas de Produto Rural (CPR).
Cooperativas ajustam sistemas e aguardam definições
A Cresol informou que vai operar com a nova modalidade de crédito, mas que ainda finaliza ajustes de sistema e tecnologia para iniciar os repasses “o mais breve possível”. A cooperativa orienta seus associados a procurarem as agências para obter informações individualizadas sobre o processo de contratação.
Já o Sicredi declarou que, desde o lançamento da MP, mantém diálogo com o governo federal sobre as regras e condições para operacionalizar o crédito. A instituição destacou que ainda há questões regulatórias pendentes, mas que a expectativa é de que o sistema esteja plenamente funcional na próxima semana.
Medida busca aliviar endividamento no campo
A medida provisória nº 1.314/2025 foi criada para dar fôlego financeiro a produtores rurais impactados por perdas decorrentes de eventos climáticos extremos, como secas, geadas e enchentes. O objetivo é garantir a liquidação e o refinanciamento de dívidas, evitando que agricultores e cooperativas fiquem inadimplentes e possam retomar a capacidade produtiva.
Com a liberação dos recursos avançando de forma gradual, o setor aguarda maior agilidade na operacionalização por parte das instituições financeiras, especialmente nas regiões mais afetadas por problemas climáticos.














