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Movido pela paixão por máquinas, produtor de soja cultivou seu sonho ao lado da família

Movido pela paixão por máquinas, produtor de soja cultivou seu sonho ao lado da família


Desde a infância, Murilo Martins esteve imerso no campo. Crescido em Silvânia, Goiás, ele sempre cultivou a paixão por máquinas, veículos e tecnologia. O interesse foi determinante em sua escolha profissional: Murilo se formou em mecatrônica e, após concluir a graduação, trabalhou em projetos de grande porte, como parques eólicos no Nordeste. Logo, sua trajetória incluiu o plantio de soja.

Em uma conversa com um amigo, que comentou sobre o impacto de ter uma empresa familiar, fez Murilo retomar um sonho antigo: trabalhar ao lado de seu pai na fazenda. Foi aí que ele decidiu voltar para o campo, e há três anos se tornou, de fato, produtor rural.

Hoje, Murilo divide seu tempo entre o campo e o escritório. Inicialmente mais envolvido com as atividades administrativas, ele passou a se aproximar cada vez mais da gestão da lavoura. Atualmente, se considera imerso em um processo contínuo de transformação, focado no crescimento e na inovação dentro do setor agropecuário.

A tecnologia como aliada e os desafios do clima

Murilo sabe que a tecnologia é uma aliada essencial no plantio da soja, mas também exige cuidados, principalmente com relação ao custo. “No nosso negócio, o que mais pensamos é em margem, em custo. A tecnologia deve ser analisada com muita cautela”, explica Murilo. Na fazenda, um dos focos tem sido a aplicação de tecnologias de precisão, como a distribuição de sólidos e análise de solo. Isso permite que fertilizantes, calcário e gesso sejam aplicados de maneira mais eficiente, conforme as necessidades específicas de cada área de cultivo.

Ele destaca a importância de trabalhar com sinal GPS e monitoramento constante de variáveis como a taxa de adubação, garantindo o uso racional dos insumos. “Usamos tecnologias que nos permitem controlar a aplicação de forma precisa, o que otimiza o uso dos recursos e melhora a produtividade”, diz ele.

A gestão do solo também é uma prioridade na fazenda. Recentemente, a família investiu em equipamentos para descompactar o solo, importante para resolver o problema da compactação, que tem impactado a produtividade nos últimos anos. “A compactação do solo tem sido uma preocupação nos últimos tempos, e com esse novo equipamento, esperamos melhorar a estrutura do solo e a produtividade”, afirma Murilo.

Combate ao nematóide e manejo da soja

Um dos maiores desafios enfrentados pela fazenda nos últimos anos foi o nematóide , um parasita que afeta a qualidade do solo e da soja. Murilo e sua família fizeram um estudo cuidadoso e identificaram que o nematóide era um dos principais fatores que estavam impactando a produção. Por isso, decidiram retomar a aplicação de nematicidas, mas agora com tecnologias mais modernas, como o sistema micron, que permite uma aplicação mais eficiente, diretamente no sulco de plantio.

“Há 10 anos, quando plantávamos algodão, utilizávamos essa técnica. Agora, voltamos a ela para controlar o nematóide. As tecnologias de hoje nos permitem aplicar esses insumos de forma muito mais precisa”, comenta Murilo. Esse retorno às práticas antigas, com a aplicação de tecnologias mais avançadas, é uma parte importante da adaptação da fazenda aos desafios do campo.

O futuro no campo

Murilo ainda relembra a conversa com seu amigo, que o inspirou a voltar para o campo. O trabalho ao lado de seu pai, especialmente quando ele já pensava em se aposentar, representou uma oportunidade de “dar continuidade ao voo” da geração anterior, preservando o legado familiar. Com muitos projetos em andamento, Murilo se sente cada vez mais preparado para o futuro e acredita que a inovação, aliada à experiência do passado, é o caminho para o crescimento sustentável da propriedade.



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