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Apenas 14% da área rural cultivada no país tem seguro

Apenas 14% da área rural cultivada no país tem seguro


Estudo publicado nesta semana pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) revelou que há 80% de chance de temperaturas recordes persistirem pelo globo nos próximos cinco anos. E o Brasil não está imune ao aquecimento.

A agência estima que o limite de um grau e meio a mais nos termômetros será superado nesse período, o que provocará ondas de calor mais nocivas, secas intensas e eventos extremos de chuva, ou seja, tudo o que o agro não precisa.

Diante dessa realidade que já bate à porta, apenas 14% da área rural cultivada no Brasil está protegida por seguro. É o que mostram dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) compilados pela EEmovel Agro, cuja plataforma mapeia e analisa dados territoriais e históricos de contratação do serviço em todo o país.

Baixa cobertura em polos do agro

A pesquisa aponta que estados com grande relevância no agronegócio, como Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Paraná apresentam taxas superiores a 70% de propriedades descobertas, mesmo diante de um cenário cada vez mais exposto a riscos climáticos e financeiros.

De acordo com os dados analisados pela empresa, 82,45% das lavouras sul-mato-grossenses não estão seguradas. Em território goiano esse índice é de 89,96%, enquanto nas propriedades paulistas a situação é ainda pior: 91,59% não têm proteção.

“O cenário evidencia a urgência em ampliar a cobertura e personalizar as soluções disponíveis, especialmente com a proximidade do Plano Safra 2025/26”, considera o diretor de Operações da EEmovel Agro, Luiz Almeida.

Seguro e inteligência territorial

De acordo com ele, a empresa confere acesso a informações estratégicas sobre propriedades rurais, com detalhes sobre área plantada, culturas predominantes e comportamento histórico em relação à contratação de seguros para que cooperativas, prestadores de serviço e, claro, seguradoras possam tomar decisões mais embasadas, personalizando ofertas.

Segundo Almeida, esse tipo de inteligência territorial pode ajudar a transformar o modelo atual de seguros rurais, ainda marcado por soluções padronizadas e entraves regulatórios, um dos entraves aos produtores que desejam cobrir suas lavouras, algo essencial a um setor que, hoje, representa cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e quase 10% das exportações agrícolas mundiais.



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