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Pecuária 4.0: três ferramentas para acelerar a gestão da fazenda mesmo à distância

Pecuária 4.0: três ferramentas para acelerar a gestão da fazenda mesmo à distância


Pecuaristas, o mercado de carne bovina tem demonstrado uma volatilidade significativa, com quedas recentes e expressivas nas cotações e três ferramentas devem ajudar muito. Assista ao vídeo abaixo e saiba quais ferramentas são essas.

Para auxiliar os pecuaristas a navegar por esse cenário de incertezas, o zootecnista Mauricio Scoton, professor da Universidade do Agro de Uberaba (Uniube), apresentou três ferramentas cruciais.

No quadro “Dicas do Scoton” do programa Giro do Boi, na quarta-feira (17), ele detalhou como intensificar a gestão e a comunicação na fazenda para estar preparado para os momentos desafiadores do mercado.

1. Planilha de margem: o mapa da lucratividade

Produtor rural. Foto: Canva
Produtor rural. Foto: Canva

A primeira e fundamental ferramenta para a Pecuária 4.0 é a planilha de margem. Ela atua como um guia detalhado para cada operação de compra de gado, permitindo que o produtor visualize o resultado financeiro antes mesmo de o negócio ser fechado.

A planilha de margem deve considerar os seguintes elementos essenciais:

  • Custo da arroba de compra: O valor pago pelo animal no momento da aquisição.
  • Custos embutidos: Despesas como frete e comissão da negociação.
  • Custo da diária no confinamento: Uma estimativa do gasto diário com o animal no cocho.
  • Dias de confinamento: A projeção do tempo que o animal permanecerá no confinamento.
  • Padrão de carcaça: O peso final desejado (seja 16, 18, 20 ou 22 arrobas) e a qualidade esperada da carcaça.
  • Ganho médio diário (GMD) previsível: Baseado na dieta fornecida no confinamento.

Com a inserção e análise desses dados, o pecuarista consegue calcular o custo da arroba produzida e ter clareza sobre a viabilidade financeira da operação, garantindo que a conta feche no final do ciclo de produção.

2. Mercado futuro: segurança para sua operação

Suplementação de bovinos a pasto. Foto: DivulgaçãoSuplementação de bovinos a pasto. Foto: Divulgação
Suplementação de bovinos a pasto. Foto: Divulgação

A segunda ferramenta é o mercado futuro, uma estratégia poderosa para trazer segurança e previsibilidade à operação pecuária.

Ele permite que o produtor “trave” o preço de venda da sua boiada com antecedência, seja para entregas em setembro, outubro, novembro ou dezembro.

Ao travar o preço no mercado futuro, o pecuarista ganha segurança em relação a diversos fatores:

  • Preço de compra do animal: O valor que foi pago na aquisição.
  • Custo total na fazenda: Todos os gastos acumulados até o ponto de venda.
  • Preço de venda garantido: O valor pelo qual sua boiada será comercializada, protegendo a operação de quedas inesperadas nas cotações do mercado físico.

Buscar uma boa consultoria e uma corretora de confiança é essencial para operar com sucesso no mercado futuro, maximizando a segurança e a rentabilidade do negócio.

3. Gestão operacional do confinamento: eficiência nos detalhes

A terceira ferramenta, e não menos importante, é a gestão operacional do confinamento.

Ela envolve o controle minucioso de todos os processos diários para garantir o melhor desempenho dos animais e, ao mesmo tempo, alinhar a execução com as projeções estabelecidas na planilha de margem.

Isso inclui aspectos cruciais como:

  • Fornecimento de dieta: Um controle rigoroso sobre quanto e como o alimento é distribuído aos animais.
  • Formulação da dieta: A garantia de que a dieta fornecida é a ideal e está balanceada para o ganho de peso desejado.
  • Controle de estoque: A gestão eficiente dos insumos e alimentos para o confinamento.

Ter disciplina na aplicação dessas três ferramentas permite que o pecuarista minimize os problemas decorrentes da instabilidade do mercado. Como bem diz o ditado, “o bom marinheiro é aquele que sai para o mar preparado para a tempestade”.

Nesses momentos de desafio, é fundamental buscar a eficiência e aprofundar a gestão da operação. A Pecuária 4.0 não se resume apenas à adoção de tecnologias, mas principalmente à inteligência na gestão para garantir a lucratividade e a sustentabilidade do negócio.



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