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como isso pode impactar o Brasil e o G20?

como isso pode impactar o Brasil e o G20?


A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos reacendeu um debate importante sobre os rumos da política externa americana e os impactos nas relações com o resto do mundo. A postura isolacionista e o discurso America First (“América em primeiro lugar”), característicos de Trump, levantam dúvidas sobre a atuação do país nas negociações multilaterais. 

Em seu último governo, o americano chegou a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, além de deixar as discussões internacionais de lado. Segundo o cientista político Leandro Consentino, a postura isolacionista de Trump pode prejudicar tanto os EUA quanto outros países do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. 

“O distanciamento de foros importantes e de construções multilaterais enfraquece a posição americana como liderança global e compromete avanços em questões econômicas e políticas”, avalia. Para ele, a ausência dos Estados Unidos em discussões internacionais pode desestabilizar acordos e metas, trazendo retrocessos significativos.

Riscos e oportunidades para o Brasil

O posicionamento do Brasil neste contexto também é importante, já que o país presidiu o G20 entre 1º de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2024. Para Consentino, é necessário que o governo brasileiro adote uma postura pragmática diante dessa nova configuração. 

“É essencial que a política externa brasileira seja guiada pelo interesse nacional, sem se alinhar automaticamente a ideologias de governos estrangeiros”, afirma. O cientista político lembra ainda que durante o primeiro mandato de Trump a guerra comercial entre Estados Unidos e China abriu oportunidades para o Brasil expandir suas relações comerciais com os chineses.

Ameaças contra os países do Brics

Consentino também aponta que as ameaças de Trump a países do Brics, como a imposição de tarifas caso a aliança substitua o dólar no comércio internacional, são uma sinalização preocupante. Contudo, ele avalia que é improvável que medidas tão extremas sejam colocadas em prática. 

“O Brasil precisa equilibrar suas relações com os Estados Unidos e com os Brics, priorizando seu interesse nacional e evitando rompimentos que possam prejudicar suas exportações”, finaliza.



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