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Estudo desenvolve tecnologia orgânica para combate à cigarrinha

Estudo desenvolve tecnologia orgânica para combate à cigarrinha


A cada ano, novos insumos químicos e biológicos buscam combater uma praga que causa grandes estragos nas lavouras de milho há cerca de 80 anos: a cigarrinha (Dalbulus maidis).

Agora, pesquisa da Ingal Agrotecnologia em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, desenvolveu um novo produto voltado ao manejo orgânico do inseto.

Composta por ácido fítico, aminoácidos e mucilagem extraídos de fontes vegetais, a tecnologia é conhecida como Organic Bloom HydroProtect.

De acordo com estudo realizado pela única empresa brasileira de pesquisa especializada em Entomologia Agrícola, a AgroRattes, realizado na safra 2023/24, o lançamento proporcionou incremento de 15,97 sacas de milho por hectare.

O resultado foi possível com cinco pulverizações de 300 mL/ha cada iniciadas no estádio fenológico V2 e com intervalo de 7 dias.

Segundo a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Ingal Agrotecnologia, Cristiane Reis, a nova tecnologia orgânica proporcionou a redução dos níveis de enfezamento em 39%, ganhos nas características agronômicas avaliadas, como maiores espessuras de colmo, de número de fileiras de grãos por espiga, de peso de espiga e de rendimento, além de não ter casado fitotoxicidade às plantas de milho.

Danos causados pela cigarrinha

A cigarrinha-do-milho é uma das principais pragas do milho na América Latina. Além de se alimentar das plantas da cultura, esse inseto pode transmitir o vírus Maize rayado fino (MRFV) e duas bactérias importantes: o Corn stunt spiroplasma (CSS) e o Maize bushy stunt phytoplasma (MBSP).

Essas bactérias causam doenças conhecidas como enfezamento-pálido e enfezamento-vermelho, que prejudicam a fisiologia e a nutrição das plantas de milho, podendo reduzir a produção de grãos em mais de 70%.

Desde 2015, os cultivos de milho no Brasil têm enfrentado perdas significativas e sistemáticas na produção devido à ocorrência dessas doenças em várias regiões. Mais recentemente, essas doenças foram relatadas nos estados do sul do Brasil.

Pesquisadores apontam, ainda, que a capacidade da cigarrinha-do-milho de explorar os recursos das plantas da cultura desde a fase inicial de desenvolvimento até a senescência, além de sua alta mobilidade e grande capacidade de dispersão fizeram com que essa espécie se espalhasse por todas as áreas cultivadas.

Sintomas dos enfezamentos no milho

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Foto: Divulgação Embrapa

Os sintomas foliares do enfezamento do milho variam bastante, conforme análises da Embrapa. No campo, plantas doentes geralmente apresentam folhas avermelhadas ou amareladas, especialmente nas margens e na parte apical, com clorose entre as veias secundárias. As margens das folhas podem secar.

No entanto, não é possível diferenciar visualmente entre os dois tipos de enfezamento do milho apenas pelos sintomas nas folhas. Outros sintomas incluem altura reduzida e perfilhamento na base da planta e nas axilas das folhas. A descoloração é causada por danos aos cloroplastos, enquanto a vermelhidão resulta da produção de antocianina em resposta ao estresse.

Pesquisas indicam que a secagem precoce das plantas no estágio de enchimento de grãos provavelmente é uma estratégia da planta para drenar fotossintatos e preencher os grãos, compensando a rápida perda de água nos tecidos. Em relação à produção, geralmente ocorrem espigas menores com grãos pequenos, esparsos e enrugados.



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