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Exportação de farelo é o grande destaque do complexo soja

Exportação de farelo é o grande destaque do complexo soja


Faltando menos de 15 dias para o fim do ano, o mercado de soja no Brasil vive um cenário de contrastes. Enquanto o farelo de soja se destaca com aumento nas exportações, o grão e o óleo devem encerrar 2024 com queda nos embarques.

A redução é reflexo principalmente da menor produção e da crescente demanda interna para o biodiesel. As exportações totais de soja devem ficar 3 milhões de toneladas abaixo das 99 milhões embarcadas em 2023, embora ainda assim representem um bom volume.

Foto: Agoexport

A diminuição nas exportações do grão está diretamente ligada à safra menor, que registrou 147 milhões de toneladas, quase 10 milhões a menos do que na safra anterior. Além disso, a demanda interna por soja para a produção de biodiesel tem absorvido entre 20 e 25 milhões de toneladas, o que reduz ainda mais a disponibilidade do grão para exportação.

Foto: Agoexport

Por outro lado, o farelo de soja se destaca como um dos principais produtos do complexo soja. Com investimentos expressivos na indústria de esmagamento, o Brasil tem conseguido exportar mais farelo, que agrega maior valor à soja. As exportações de farelo de soja devem superar 23 milhões de toneladas, batendo um novo recorde e evidenciando um crescimento de 6 milhões de toneladas nos últimos cinco anos. Esse aumento reflete o esforço da agroindústria brasileira para agregar valor ao produto.

Foto: Agoexport

No entanto, o óleo de soja enfrenta um cenário negativo, com uma queda acentuada nas exportações. Até o momento, foram embarcadas 1,31 milhão de toneladas de óleo, contra 2,33 milhões em 2023, o que representa uma queda e retorna aos níveis de 2020. Esse recuo é atribuído à mudança nas demandas globais, especialmente devido à crise energética na Europa, que afetou a compra de óleo.

Essa dinâmica do mercado de soja impacta diretamente a balança comercial brasileira. Em 2023, o agronegócio brasileiro exportou 167 bilhões de dólares, com 40% desse total vindo do complexo soja. Para 2024, a expectativa é que a receita cambial do agronegócio caia para 150 bilhões de dólares, com a queda nas exportações e nos preços pagos pelo grão, farelo e óleo de soja.



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