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Tarifaço pode prejudicar renda de 40 mil famílias produtoras de mel

Tarifaço pode prejudicar renda de 40 mil famílias produtoras de mel


Fora da lista de exceções com quase 700 produtos, o setor brasileiro de mel pode ser um dos mais prejudicados com a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que começa a valer na próxima quarta-feira (6). Atualmente, os EUA são responsáveis por 85% das compras de mel exportado pelo Brasil.

Para Samuel Araujo, CEO do Grupo Sama, que reúne empresas exportadoras de mel do Nordeste,a situação é preocupante.

“As medidas são extremamente negativas para o Brasil. A sobretaxa de 50% praticamente nos retira do mercado. Embora o país tenha outros destinos, não há dúvidas de que o mercado americano é o mais importante. Ele representa 85% das nossas exportações de mel e é um dos maiores importadores do mundo”, afirma.

Segundo Araujo, cerca de 450 mil famílias estão envolvidas na produção de mel no país, das quais 350 mil têm na atividade sua principal fonte de renda. Ele destaca ainda que grande parte dessa rede produtiva é formada por pequenos produtores da agricultura familiar.

O apicultor alerta que, apenas no Piauí, estado onde estão localizadas as empresas do grupo, o impacto da medida pode atingir cerca de 40 mil famílias. Diante desse cenário, representantes do setor já iniciaram articulações com os governos estadual e federal.

“Estamos muito preocupados. Já conversamos com o governo do Piauí e protocolamos sugestões para amenizar os efeitos dessa medida, que afeta diretamente uma cadeia sensível. Um impacto de apenas 5% nas exportações pode atingir 40 mil famílias envolvidas com a produção no estado”, explica.

Ajuda do governo

Para o empresário, é fundamental que o plano de contingência, que está sendo elaborado pelo governo federal, seja colocado em prática o quanto antes.

“Precisamos de uma intervenção rápida. Já enfrentamos um fluxo de caixa apertado desde a pandemia, com baixa produtividade e preços desfavoráveis. Por isso, é urgente a liberação de créditos, como os de PIS, Cofins e ICMS, que podem ser acelerados sem uso de recursos do próprio estado”, afirma Araujo.

O setor também pede linhas de crédito com juros reduzidos para ajustar o fluxo de caixa à nova realidade do mercado e propõe que o governo estadual participe diretamente do apoio ao setor, inclusive compensando parcialmente o impacto da sobretaxa, especialmente para os produtores mais vulneráveis.

“As empresas são essenciais para o funcionamento da cadeia, pois são elas que detêm as licenças e fazem o comércio acontecer. O apicultor não consegue acessar o mercado internacional sozinho. Por isso, é fundamental que o governo atue em todas as pontas, da base produtiva às empresas exportadoras”, afirma.



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