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Com imagens de satélite e IA, tecnologia mapeia viveiros escavados e fortalece aquicultura

Com imagens de satélite e IA, tecnologia mapeia viveiros escavados e fortalece aquicultura


A Embrapa, em parceria com instituições de pesquisa e inovação, desenvolveu uma nova metodologia para mapear automaticamente viveiros escavados, o principal sistema de produção de peixes no Brasil.

O método, aplicado inicialmente no Paraná, utiliza imagens de satélite de alta resolução e inteligência artificial para identificar viveiros com 90% de precisão. Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista internacional Aplicações de Sensoriamento Remoto: Sociedade e Meio Ambiente.

A inovação combina imagens do programa Iniciativa Internacional da Noruega para o Clima e Florestas (NICFI) com algoritmos de aprendizado de máquina, como o Random Forest, para classificar as áreas de piscicultura. De acordo com a geógrafa Marta Ummus, da Embrapa Pesca e Aquicultura, a tecnologia reduz em 90% o tempo e o esforço necessários para mapear os viveiros.

“Não substituímos o trabalho humano, mas conseguimos torná-lo muito mais ágil e preciso”, afirma a pesquisadora.

Aquicultura no Paraná: dados inéditos sobre produção

O levantamento identificou 42.369 tanques aquícolas distribuídos em 13.514 empreendimentos, totalizando 11.515 hectares de lâmina d’água. Cerca de 40% dessa estrutura concentra-se na Região Metropolitana de Curitiba e no oeste do estado.

Municípios como Nova Aurora, Palotina, Toledo e Assis Chateaubriand despontam como polos produtivos, beneficiados por infraestrutura consolidada e cooperativas agroindustriais.

O estudo revelou ainda que mais da metade dos empreendimentos aquícolas do Paraná está na mesorregião oeste. Junto à mesorregião sudoeste, elas somam 65% da atividade de piscicultura em viveiros escavados do estado, reforçando a liderança do Paraná na produção nacional de peixes de cultivo.

Expansão da tecnologia para outros estados

Com os resultados promissores no Paraná, os pesquisadores já iniciaram a aplicação da metodologia em Rondônia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Tocantins.

“Nosso objetivo é expandir esse mapeamento para outras regiões, firmando parcerias com instituições estaduais para refinar os dados e ampliar a adoção da tecnologia”, afirma Ummus.

Segundo os especialistas, o mapeamento automático oferece dados mais atualizados e assertivos para a gestão pública e privada da aquicultura. “A tecnologia permite aos produtores entenderem melhor o cenário da piscicultura em sua região e auxilia gestores na tomada de decisões para investimentos e gestão dos recursos hídricos”, destaca Bruno Silva, pesquisador do Biopark Educação.

O projeto é fruto de uma parceria entre a Embrapa, o Biopark e o Biopark Educação, com apoio da Fundação Araucária e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Com a recente renovação do projeto, novas perspectivas para aprimoramento e expansão foram abertas.

A geração e a disponibilização de dados para governos e outras instituições públicas e para empresas do setor privado estão entre os maiores benefícios do trabalho, que pode ser consultado no Centro de Inteligência e Mercado em Aquicultura (CIAqui).

Paraná mantém liderança na produção de peixes

De acordo com a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), o Paraná lidera a produção nacional, respondendo por 22,5% do total do país em 2023, com 194,1 mil toneladas de peixes cultivados. No caso da tilápia, a espécie mais criada e exportada pelo Brasil, o estado é responsável por mais de um terço da produção nacional.

Além das cidades do oeste paranaense já reconhecidas pelo alto volume de produção, destacam-se municípios como Maripá, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Cafelândia, Marechal Cândido Rondon e Tupãssi, que juntos movimentaram quase R$ 1 bilhão em receita em 2022.

Com a aplicação da nova metodologia de mapeamento e a expansão para outras regiões do país, a expectativa é que a piscicultura brasileira se torne ainda mais eficiente e competitiva no cenário global.



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